GDF elimina lixão em Taguatinga e orienta população sobre uso correto do espaço

Para evitar que o descarte irregular de resíduos volte a ser praticado na QSD 32, a área foi isolada com arame e estacas de concreto | Fotos...

Para evitar que o descarte irregular de resíduos volte a ser praticado na QSD 32, a área foi isolada com arame e estacas de concreto | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília

Mais de 120 pontos de descarte ilegal de lixo no DF foram alvo de ções do SLU em 2024

Desde o início de 2024, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal já interveio em mais de 120 pontos de descarte irregular de lixo na capital. Uma dessas ações ocorreu em Taguatinga Sul, onde moradores da QSD 32, próximo à via do Metrô-DF, enfrentavam problemas com o acúmulo de entulho. Em resposta às reclamações, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do SLU, restaurou o local, que vinha sendo utilizado como depósito ilegal de lixo.

A recuperação desse espaço, que inclui a instalação de cercas de arame e estacas de concreto, foi essencial, pois a área possui estrutura de rede elétrica de alta tensão. Antes das medidas tomadas pelo SLU, cerca de 60 toneladas de entulho eram removidas semanalmente do local. Após a intervenção, esse volume foi reduzido para 20 toneladas semanais. O SLU também intensificou campanhas de conscientização para a população sobre os dias e horários corretos para o descarte de lixo orgânico e reciclável.

Everaldo Araújo, subdiretor de Gestão de Resíduos do SLU, destacou a importância da conscientização: “Temos três equipes dedicadas a orientar a população sobre os impactos negativos do descarte irregular, que vai desde a proliferação de doenças até problemas estéticos e olfativos.”

O SLU informa que os moradores devem utilizar os 23 pontos de entrega voluntária (PEVs) disponíveis no Distrito Federal para o descarte de materiais como entulho de obras, móveis velhos e podas de árvores. O PEV mais próximo em Taguatinga está localizado na QNG 47, Área Especial nº 9.

A iniciativa do GDF foi bem recebida pela comunidade local. Clebecy Gomes, morador de Taguatinga Sul há 47 anos, elogiou o trabalho realizado: “Antes, o local era tomado por lixo. A atuação do SLU fez uma grande diferença, beneficiando toda a comunidade.”

Cleusa Martins, de 70 anos, também expressou satisfação com as melhorias. Ela costumava evitar passar pelo local durante seus passeios diários devido ao lixo e aos ratos, mas agora, com a área recuperada, espera retomar sua rotina.

O descarte irregular de lixo no DF é uma prática ilegal e pode resultar em multas para os infratores. A ação do SLU busca não apenas limpar as áreas afetadas, mas também educar a população sobre a importância do descarte correto para garantir a saúde e o bem-estar da comunidade.

Legislação e multa

Desde o início do ano, mais de 120 pontos de descarte de lixo irregular foram alvo do Serviço de Limpeza Urbana.

O descarte irregular de resíduos, incluindo os restos de obras, é uma prática ilegal e prejudicial que afeta não apenas o meio ambiente, mas também a saúde pública e a economia da cidade.

No Distrito Federal, a legislação é clara: o descarte de resíduos deve ser feito da maneira correta e em locais apropriados, sob pena de uma multa inicial de R$ 2.799,65 aos infratores, podendo ser multiplicada por 10 vezes em caso de reincidência.

Além dos danos ambientais, o descarte irregular de resíduos sólidos urbanos tem um custo econômico substancial. Segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos, o tratamento de doenças provocadas pela exposição ao lixo descartado inadequadamente custou aos cofres públicos do Brasil cerca de US$ 370 milhões em 2015, o equivalente a mais de R$ 2 bilhões na cotação atual.