MTEC Energia

Plano Real deixa legado de juros altos e câmbio volátil

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil Desindustrialização é apontada como outro problema Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* | ...

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Desindustrialização é apontada como outro problema


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* | Edição: Juliana Andrade

O plano que trouxe estabilidade para a economia deixou um gosto de amargo para certos setores da economia. Remédios essenciais do Plano Real para derrubar a hiperinflação nos anos 1990, os juros altos e a abertura do mercado financeiro dificultam a sobrevivência da indústria no país e tornam a economia mais vulnerável a volatilidades no câmbio, segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil.
Nos últimos meses, a Taxa Selic, juros básicos da economia, tem estado no centro da discussão política, após o Banco Central (BC) interromper o ciclo de queda dos juros, mantidos em 10,5% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado fortemente o presidente do BC, Roberto Campos Neto, levando à volatilidade cambial.

Os debates acalorados sobre os juros e o câmbio são mais estruturais do que aparentam. Desde a criação do real, que completa 30 anos nesta segunda-feira (1º), os juros altos foram usados como instrumento para segurar o consumo. Outro instrumento foi o câmbio sobrevalorizado que tinha como objetivo estimular a entrada de produtos importados para impedir a explosão de preços dos produtos nacionais.
“O Plano Real teve duas âncoras, que são o câmbio e os juros. A taxa de câmbio se valorizou, com o real valendo mais que o dólar nos primeiros meses do plano, porque os juros foram para o espaço. Com isso, entraram importados para competir com os preços locais, então os preços foram jogados para baixo pela competição também. Mas isso começou a criar problemas de déficit na balança comercial”, explica a professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Virene Matesco.

Economista-chefe da Way Investimentos e professor de economia do Ibmec, Alexandre Espírito Santo explica que os juros altos foram essenciais para atrair capital financeiro ao Brasil no início do plano econômico. “Um dos medos que se tinha era que a moeda antiga, que era hiperinflacionada, contaminasse a moeda que estava nascendo. Para isolar esse contágio, [a solução] foi usar o mecanismo da âncora cambial. Ao mesmo tempo, ter juro alto era importante, inclusive para atrair dinheiro estrangeiro e ajudar a manter o dólar baixo”, recorda.

Estouro da âncora

Inicialmente prevista para ser temporária, a âncora cambial ficou por quase cinco anos. De modelo de câmbio fixo, o país migrou para um sistema de bandas cambiais, cujo limite superior subia assim que o dólar atingia o valor máximo da banda. Com poucas reservas internacionais e vítima de ataques especulativos após as crises da Ásia, em 1997, e da Rússia, em 1998, o país liberou o câmbio em janeiro de 1999, criando um sistema de “flutuação suja”, em que o dólar flutua livremente a maior parte do tempo, e o governo intervém em momentos de maior volatilidade.

A âncora cambial foi substituída pelo sistema de metas de inflação, em vigor até hoje e alterado para um modelo de meta contínua a partir de 2025. O dólar saiu de cerca de R$ 1,20 no início de 1999 para cerca de R$ 5,50 atualmente.

Em contrapartida, a dívida pública externa, pilar de crises econômicas no século 20, foi quitada, com o país virando credor externo desde 2006. Isso porque as reservas internacionais dispararam em 25 anos, chegando a US$ 355,6 bilhões no fim de maio deste ano, impulsionada em boa parte pelos superávits comerciais decorrentes do agronegócio.

Complicações para a indústria

Apesar da mudança de regime cambial, o Plano Real deixou heranças ainda observadas na economia brasileira. Os juros altos continuam centrais para manter os preços dentro dos limites da meta de inflação, sendo criticados por economistas heterodoxos, pelo setor produtivo, pelas centrais sindicais e por correntes políticas como inibidor do crescimento econômico.

O economista Leandro Horie, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), diz que os juros altos e a dependência do mercado financeiro incentivam o agronegócio e desindustrializa o país. Segundo ele, a âncora cambial não desapareceu completamente, já que, em diversos momentos nos últimos 30 anos, o câmbio ficou mais valorizado que a taxa de equilíbrio, que não compromete o produtor nacional nem favorece as importações.

“O Plano Real foi baseado em uma sobrevalorização cambial e taxas de juros altas. Isso causou muito problema para a indústria. Porque os juros encareceram o investimento da indústria nacional e baratearam a importação. De fato, a indústria começou a fraquejar no fim da década de 1980, mas despencou na década seguinte. Paralelamente, a globalização aumentou a dependência de insumos importados, o que na prática torna o câmbio uma variável importante, mesmo com a âncora formalmente não existindo.”

Horie, no entanto, reconhece que, desde a pandemia, o real está desvalorizado. “Essa alta do dólar deve-se mais a fatores geopolíticos e aos juros altos nos Estados Unidos e em outras economias avançadas”, explica. “Mas os governos, sempre que podem, atuaram para baixar o dólar por meio da flutuação suja.”

Reformas

Se os economistas heterodoxos atribuem os juros altos à abertura do mercado financeiro, os economistas ortodoxos atribuem as taxas elevadas à falta de reformas que liberalizem a economia. Um dos criadores do Plano Real, Edmar Bacha diz que os juros altos são consequências de desequilíbrios históricos do país.

“A taxa de juros sempre foi alta no Brasil, mas a inflação era tão alta que as pessoas nem notavam. A taxa de juros era muito alta porque o Brasil era um país caloteiro. Estamos, ao longo desses anos, tentando evitar esse problema. Mas para isso é preciso ter contas do governo sob controle. Nós tínhamos essas contas sob controle, mas elas saíram de controle durante a pandemia. E agora está muito difícil o atual governo controlá-las novamente”, argumenta.

Virene Matesco, da FGV, diz que qualquer governo, não apenas o atual, deve comprometer-se com o superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública) para manter o legado do Plano Real. “Qualquer superávit, nem que seja zero e pouquinho por cento do PIB [Produto Interno Bruto], ajuda a passar uma mensagem correta”, diz.

Alexandre Espírito Santo, do Ibmec, defende a continuidade de reformas constitucionais. “Ainda temos várias reformas importantes para fazer, como a administrativa, que reduza os privilégios de parte do serviço público”, declara. Ele também cita a regulamentação da primeira fase da reforma tributária, que trata dos tributos sobre o consumo, e da segunda fase, que tratará do Imposto de Renda, como medidas necessárias para reduzir os juros no médio e no longo prazo.

*Colaborou Vanessa Casalino, da TV Brasil

COMENTAR

TÉCNICO INDUSTRIAL$type=complex$count=8$l=0$cm=0$rm=0$d=0$host=https://www.etormann.tk

Nome

100 ANOS,1,abnt,25,Ação social,39,acessibilidade,5,acidente de trabalho,6,Acolhimento,1,adasa,10,administração,20,Aerolula,1,agricultura,41,agro,225,agroindústria,12,agronegócio,41,água,55,águas claras,2,Aldo Rebelo,1,alianças,1,alimentação,41,Ambulatório,1,Amor Cantado,1,Anderson Miranda,1,aneel,5,animais,29,Aniversário,7,antissocial,4,anvisa,2,aposentdos,3,aposta,9,ar condicionado,15,Arlete Sampaio,1,arquitetura,18,Arruda,1,arte,41,artigo,41,Assistência social,7,ASSOCIE-SE,14,assosindicos,147,atacarejo,1,ateu,2,ativismo,9,ATUALIDADE POLÍTICA,901,automobilsmo,4,aviação,11,AZERBAIJÃO,1,Banco Regional de Brasília,5,Basília,1,BCB,2,beleza,1,bem estar,14,biocombustíveis,11,bioeconomia,1,bioinsumos,1,biscoito,1,bolacha,1,Bolsa Família,1,Brasil,57,Brasília,55,BRB,43,brics,5,BRING KIDS BACK UA,1,caesb,21,café,7,câmeras,4,CAMPANHA DO AGASALHO,1,campanha eleitoral,22,Canadá,1,câncer,15,candidatura,5,Carnaval,19,carne suína,1,carreira,19,carros elétricos,6,carteira,2,cartilha,2,Casa Civil,1,cassação,1,católica,1,CBMDF,2,CCBC,1,CEB,8,Ceilândia,2,celular,12,censura,2,Centro Administrativo,1,Cesta Básica,4,charge,3,China,6,chocolate,2,Churrasco,2,cidadania,119,Cidades,158,ciência,25,cinema,17,CLDF,86,clima,37,codhab,7,Código de Edificações,4,código de posturas,1,Collor,1,combate à dengue,44,combate ao câncer de próstata,5,combustíveis,15,comemoração,12,comércio,29,Companhia Energética de Brasília,6,Comper,5,comportamento,35,comunicação,10,comunidade,3,COMUNIDADE LUSITANA,1,comunismo,4,conciliacao,4,concurso,45,condomínio,71,condomínios,18,conic,1,conselho profissional,26,construção civil,39,construtoras,5,consulta pública,21,consumidor,31,consumo,12,conta,9,contabilidade,4,contribuição sindical,6,convênio,3,CONVITE,32,COP27,1,cop28,6,copa2014,1,CORPO DIPLOMÁTICO,4,corpus Christi,1,Correio Braziliense,1,corrida eleitoral,34,corrupção,44,CPI,1,crianças,16,Criptoativos,2,crise,16,crise hídrica,16,CTJ Hall Casa Thomas Jefferson,1,Cuidar e Amparar,1,culinária,1,cultura,164,curso superior,3,cursos,45,data,1,data comemorativa,41,DATA NACIONAL,3,debate,3,Defesa,9,democracia,8,dengue,15,Deputado Distrital,15,Deputado Federal,16,DER-DF,6,Desenvolvimento Pessoal,3,desmatamento,4,despesas,1,Destaque,11,Detran,49,DF,17,DFTrans,6,DIA DA VITÓRIA,1,Dia do micro e pequeno empresário,1,dia do síndico,5,Dia do Trabalhador,2,Dia dos Namorados,7,dia mundial da água,10,Diálogos com a Juventude,1,dicas,2,Dilma,5,dinheiro,18,diploma,1,diplomacia,8,direita,3,direito,89,Direito do Consumidor,5,Direitos Humanos,45,Distrito Federal,195,ditadura militar,7,dívidas,22,documento,8,Dona Sarah Kubitschek,1,drogas,7,ecologia,8,economia,448,economistas,3,Edital,13,EDITAL DE CONVOCAÇÃO,2,Eduardo Campos,1,educação,308,EGITO,1,eleições,230,Eleições 2022,144,eleitor,17,eletricidade,14,elevadores,9,EMBAIXADA DE PORTUGAL,1,Embaixadas,13,empreendedorismo,54,empreender,14,empregado,13,Emprego,7,empregos,86,empresas,140,energia,92,engenharia,126,EnSínAC,14,ENTENDER CONDOMÍNIO,2,entorno,52,entretenimento,38,Escola de Síndicos,33,escorpião,2,ESG,1,ESPECIAL,1,espionagem,2,esporte,97,estatuto,2,estilo de vida,4,estradas,10,Estudar no Exterior,2,evasão de divisas,1,eventos,69,exercícios,3,exportação,28,FABIANA CEIHAN,1,falecimento,12,família,3,Famosos,3,Fan Fest,1,Faz Aniversário,1,Fé,2,fecomércio,7,feminismo,1,FENACOM,1,feriados,3,Fernando Henrique Cardoso,1,festas juninas,6,FHC,2,FIEG,35,FIFA,1,fim de ano,8,fim de semana,1,finanças,48,finanças pessoais,77,Fipecafi,1,fiscal,1,fogo,1,fort atacadista,3,frente parlamentar,1,futebol,21,Galeteria Beira Lago,1,gás,15,gastronomia,70,GDF,277,geologia,1,Geriatria,1,Gerontologia,1,gestão condominial,8,Gim,1,Goiás,382,golpe,30,golpismo,15,Governador,51,Governo,122,greve,8,Grupo Pereira,3,guerra,20,habitação,79,HEF,2,HEL,1,HESLMB,1,Hetrin,1,homenagem,12,homocentro,1,HSBC,1,humor,2,IBGE,6,IBRAM,3,Idoso,11,IFG,1,igreja,2,IMED,2,imóveis,107,impeachment,4,impostos,108,inadimplência,7,incc,1,incêndio,23,INCLUSÃO,4,indígena,2,indústria,89,inelegibilidade,3,inflação,204,Informação,35,informática,1,ingressos,1,inovação,68,INSCRIÇÃO AQUI,1,inspeção,1,inspeção predial,6,INSS,3,internacional,60,internet,103,inverno,1,iptu,1,ipva,7,itormann,1,Joaquim Barbosa,1,Jogos Eletrônicos,8,Jornalismo,88,Juarezão,1,justiça,231,juventude,4,Lançamento,1,lazer,59,Legislação,8,lei,22,LGPD,6,licitação,22,livro,27,loteria,3,Lúcia Amorim de Brito,1,Lula,19,machismo,1,manifestação,1,manutenção,12,Maranhão,1,Márcio Antonelo,1,Marconi Perillo,1,marketing,8,material de construção,1,MCB,101,MCIT,2,MCTI,4,medicamentos,8,medicina,19,MEI,2,meio-ambiente,95,melhor idade,1,mensalão do DEM,1,mercado,52,mercosul,2,mesa do Natal,1,meteorologia,2,microgeração,11,Microsoft,1,mídia,12,militar,10,Minas Gerais,3,mineração,12,ministério,6,Ministério Publico,5,Miriam Belchior,1,Mobilidade,17,mobilidade urbana,31,moda,7,Monitoramento,2,mst,3,Mulheres,101,Mulheres na Política,11,multa,7,mundo,152,Mundo dos Filtros,1,município,12,Natal,13,Natal do Milhão,1,Negócios,17,Neoenergia,9,neurociência,2,neuromarketing,2,NEWS,1,Nobratta,1,normas,17,NOTICIAS,1053,NOTÍCIAS,42,notificação,1,novacap,3,Novembro Azul,1,nutrição,4,obras,127,ocupe o centro,1,opinião,218,Oportunidade,3,orçamento,17,ORDEM DE SERVIÇO,1,Pacto por Brasília,1,Padre Bernardo-GO,1,pandemia,78,Parceiro do Ano,1,Parque da Cidade,6,Partidos Políticos,55,Paulo Dubois,2,Paulo Octávio,1,Paulo Roque,4,pcdf,2,PCdoB,2,PDSK,5,Perpétua Almeida,1,Perse,1,perseguidos políticos,1,pesca,12,pesquisa,27,petrobras,13,petróleo,17,PL,26,playground,2,pmdb,1,PMDF,2,podcast,1,polícia,113,Política,354,população,2,Porto Alegre,3,postos de saúde,17,prefeito,6,prefeitura,10,Premiação,28,presidência da república,10,presidenta,1,presidente,23,previdência,9,privatização,5,Procon,2,profissional,34,profissões,9,Projeto de Lei,81,pronunciamento,2,propaganda política,5,propina,1,Prosperi,1,PSD,1,PSDB,6,psicologia,10,pt,2,qualificação,36,Quit,6,rádio,2,recicláveis,5,reforma,7,reforma agrária,4,reforma política,10,reforma tributária,41,reformas,9,registro,4,regras de convivência,15,relacionamento,5,religião,23,revitalização,1,Ricardo Izar,1,Ricardo Lustosa,1,rio,25,Rio de Janeiro,1,Roberto Santiago,1,rock,3,rodovias,2,Rondônia,1,Roosevelt,1,Rousseff,2,Sandra Faraj,1,saneamento,8,São Paulo,19,Sarah Kubitscheck,1,saúde,621,sedhab,2,segeth,1,segurança,132,seguro,10,selo de qualidade,2,senado federal,26,Serviço,1,serviço social,8,serviços técnicos,10,servidor público,4,SES-DF,1,sesc,6,setor elétrico,29,setor energético,34,setor produtivo,45,sia / guará,14,sicredi,1,sindicatos,24,síndico,124,síndicos,10,SLU,10,smartphone,3,socialismo,1,Sociedade,8,solar,9,Solidariedade,36,sonegação,17,sorteio de casas,1,STF,35,subsíndico,1,Supermercados,3,Supremo,2,sustentabilidade,84,tarifas,30,taxa,8,TCDF,1,Teams Ideas,1,técnico,17,técnicos industriais,11,tecnologia,178,telecomunicação,22,tempo,13,tendência política,79,Terceira Idade,1,trabalhador,92,Trabalho,41,transito,5,trânsito,46,transparência,1,transporte,11,transporte coletivo,57,transportes,33,Trocando ideias entre Síndicos,2,TSE,61,turismo,90,TV,12,UCRÂNIA,1,UDN,1,Universidades,2,utilidade pública,6,Utilidades de casa,2,vacina,48,Vai dar Roque,1,Valparaíso de Goiás,13,Vida de Solteiro,1,Vida longa,2,video,14,vinho,4,vistoria,1,Viver no Exterior,1,votação,3,WhatsApp,4,zelador,1,
ltr
item
Atualidade Política: Plano Real deixa legado de juros altos e câmbio volátil
Plano Real deixa legado de juros altos e câmbio volátil
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj6s0ZE9uKTLOzia4CgAmhsrcjaTcWEM2SjkljRVlprVQBTXPd68dtRntGZP5glDqvqPv3S1dc9p9NOzQrlaraB1utOSt3qwAj9GSfkVF6TaEgW7OERnnn_4LgKMp34acMJqlE62xnE1ah_XTOvcLgDK2HL-JNaX-KbP5avBcDgR-luMZAbq1gyYuySB0/s16000/economia.webp
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj6s0ZE9uKTLOzia4CgAmhsrcjaTcWEM2SjkljRVlprVQBTXPd68dtRntGZP5glDqvqPv3S1dc9p9NOzQrlaraB1utOSt3qwAj9GSfkVF6TaEgW7OERnnn_4LgKMp34acMJqlE62xnE1ah_XTOvcLgDK2HL-JNaX-KbP5avBcDgR-luMZAbq1gyYuySB0/s72-c/economia.webp
Atualidade Política
https://www.atualidadepolitica.com.br/2024/06/plano-real-deixa-legado-de-juros-altos.html
https://www.atualidadepolitica.com.br/
https://www.atualidadepolitica.com.br/
https://www.atualidadepolitica.com.br/2024/06/plano-real-deixa-legado-de-juros-altos.html
true
440335298870425399
UTF-8
Carregar todos Post não encontrado Ver todos Ler mais Responder Cancelar resposta Deletar Por Início Pág. POSTS Ver tudo Relacionadas Tópico Arquivo BUSCAR Todos Nenhuma resposta para a busca Início Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez agora há 1 minuto há $$1$$ minutos há 1 hora há $$1$$ horas Ontem há $$1$$ dias há $$1$$ semanas há mais de 5 semanas Seguidores Seguir CONTEÚDO EXLUSIVO - COMPARTILHE PARA ACESSAR 1º Compartilhe em suas redes sociais para liberar 2º Clique no link compartilhado em sua rede social Copiar tudo Selecionar tudo Todos códigos copiados Códigos/textos não copiados, pressione [CTRL]+[C] (ou CMD+C no Mac) para copiar Sumário