Com foco no nivelamento das informações mais importantes para o processamento de geleia e no estimulo à profissionalização e à qualidade des...
Objetivo da iniciativa promovida pela Emater-DF foi estimular a profissionalização dos produtores de geleia e nivelar informações técnicas
Por Agência Brasília* | Edição: Igor Silveira
A produção de geleias é uma forma de agregar valor ao que é produzido na propriedade rural e ainda de diversificar o que é cultivado e comercializado pelo produtor. De olho nessa oportunidade para os agricultores, a Emater-DF organizou, nesta sexta-feira (22), o Encontro dos Geleeiros. Com foco no nivelamento das informações mais importantes para o processamento de geleia e no estimulo à profissionalização e à qualidade desse produto, o evento reuniu 15 produtores de várias regiões do Distrito Federal.
Na abertura do evento, o supervisor da Regional Leste, Fabiano Carvalho, representando a direção da empresa, destacou que a agroindústria tem sido um ponto focal dessa diretoria. “Essa gestão tem buscado, desde o início, estruturar nosso Centro de Formação via emendas parlamentares, além de procurar formas de estruturar a equipe especializada de agroindústria para atender aos produtores da melhor forma possível”, disse ele, que também colocou a empresa à disposição dos participantes. “Tenham a Emater-DF como parceira, pois a gente está à disposição de vocês”, reforçou.
Entre os temas abordados, foram repassadas questões como as boas práticas de fabricação, as características e o padrão de qualidade de uma geleia e a informações sobre a rotulagem. “A gente percebeu, em algumas ocasiões, que a qualidade das geleias precisavam melhorar, então colocamos no nosso planejamento esse nivelamento de informações sobre processamento, focando na qualidade do produto”, disse a extensionista da Equipe Especializada em Agroindústria da Emater-DF, Milena Lima de Oliveira.
Os participantes ouviram sobre a importância das boas práticas de fabricação, da higiene dos alimentos, do local e do manipulador, no momento do processamento e da importância do envase correto da geleia. “Se a gente não se atentar para esses pontos, de nada adianta uma matéria-prima de qualidade, uma receita saborosa, porque a geleia vai ficar comprometida pela contaminação”, reforçou Milena.
A produtora Marina Silva, do PAD-DF, trabalha com a produção de vinhos, mas agregou à atividade um pequeno empório de geleias e pães artesanais. No empório, oferece geleias de acerola, laranja, goiaba, amora, além da geleia de uva sirah. Para ela, o encontro foi muito interessante. “Acho importante a gente fazer a reciclagem e ver onde a gente pode melhorar, então, vim buscar mais técnica”, disse a produtora.
Durante o intervalo para o lanche, os participantes tiveram a oportunidade de provar diferentes geleias e foram desafiados pelo técnico da Equipe Especializada em Agroindústria Paulo Álvares a analisar pontos como a textura, sabor, aparência e consistência das geleias. Em sua palestra, o especialista destacou as características de geleias de qualidade e qual deve ser o padrão de qualidade a ser perseguido pelos produtores. “Vamos deixar de ser meros cozinheiros que seguem receitas, para sermos de fato processadores de alimentos, transformadores e agregadores de valor”, disse Álvares.
A produtora de framboesa do Paranoá, Maria Pereira, achou as informações muito importantes para a sua produção de geleias. “Sou amadora e a nossa produção ainda é pequena, mas o curso hoje foi muito interessante e vai agregar bastante na minha produção lá em casa”, disse Maria. “Para mim, foi fundamental aprender sobre a qualidade da geleia, porque a gente tem muita informação na internet, mas o que a gente viu aqui foi diferente e muito importante”, disse a produtora.
Os participantes foram ainda convidados a participar da próxima turma do curso de produção de geleias do Centro de Formação da Emater-DF, prevista para o início de abril. Os produtores rurais interessados devem procurar o escritório local mais próximo de sua propriedade para fazer a inscrição, que tem vagas limitadas.
*Com informações da Emater-DF
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