Viroses, ISTs e outras infecções são alguns dos males comuns nesse período e que podem ser evitados pelos foliões com cuidados simples P...
Viroses, ISTs e outras infecções são alguns dos males comuns nesse período e que podem ser evitados pelos foliões com cuidados simples
Para além das brincadeiras, festejos e aglomerações, é preciso dedicar alguns cuidados básicos para que o saldo do Carnaval não seja tão prejudicial à saúde. Isso porque a grande concentração de pessoas, somada a alternância de dias de muito sol e chuva, alimentação inadequada, consumo excessivo de álcool e pouco descanso favorecem a proliferação de doenças infecciosas.
O Dr. José David Urbaez, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica – pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do país – explica que nesse período são mais comuns as viroses, infecç…
[16:08, 16/02/2023] Polyana Cabral Jornalista Ricardo Vale PT: Saiba como se prevenir contra doenças típicas do Carnaval
Viroses, ISTs e outras infecções são alguns dos males comuns nesse período e que podem ser evitados pelos foliões com cuidados simples
Para além das brincadeiras, festejos e aglomerações, é preciso dedicar alguns cuidados básicos para que o saldo do Carnaval não seja tão prejudicial à saúde. Isso porque a grande concentração de pessoas, somada a alternância de dias de muito sol e chuva, alimentação inadequada, consumo excessivo de álcool e pouco descanso favorecem a proliferação de doenças infecciosas.
O Dr. José David Urbaez, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica – pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do país – explica que nesse período são mais comuns as viroses, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e infecções devido ao consumo de alimentos e água contaminados. Mas isso não significa que a folia deve ser evitada, como reforça o Dr. Urbaez: “Basta se informar sobre os problemas de saúde típicos dessa época e os principais sintomas, sem se esquecer das dicas de prevenção para evitar o adoecimento e manter-se saudável para além do Carnaval”.
Confira a seguir cinco das infecções mais comuns no Carnaval e as dicas de prevenção do Dr. Urbaez.
Viroses e gripes
Uma das principais lições que a pandemia do coronavírus nos trouxe é a de que aglomerações favorecem a transmissão de vírus por via respiratória, como o da gripe, laringite, Covid-19, resfriados e síndrome da influenza. Os sintomas mais comuns são coriza, dores no corpo, garganta e cabeça, febre e tosse, podendo evoluir para formas graves.
Para evitá-los, é importante estar com a vacinação em dia, dar preferência aos locais abertos, lavar bem as mãos ou higienizar com álcool em gel, caprichar na alimentação e moderar no álcool. “A má alimentação combinada com excesso de consumo de bebidas alcoólicas prejudica o sistema imunológico, que é essencial para proteger o corpo contra os vírus”, reforça o infectologista.
Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
Causadas por diversos tipos de agentes infecciosos, como vírus, bactérias ou outros microorganismos, as ISTs são transmitidas principalmente pelo contato sexual oral, vaginal ou anal com uma pessoa infectada sem o devido uso de camisinha masculina ou feminina. Em alguns casos, a pessoa contaminada pode transmitir mesmo sem apresentar sintomas.
As infecções mais comuns são: herpes genital, cancro mole, HPV, gonorreia, sífilis e HIV. Algumas dessas enfermidades, como gonorreia, herpes genital, sífilis, se manifestam pelo aparecimento de feridas, bolhas, corrimentos, coceira ou verrugas na região genital/anal/boca, bem como dor pélvica e ardência ao urinar.
De acordo com o Dr. Urbaez, o mais importante é se prevenir contra essas doenças, e para isso é indispensável usar camisinha, manter em dia a vacinação contra o HPV e, no caso do HIV, não esquecer da existência de medicamentos usados antes da exposição (PREP - Profilaxia pré-exposição) ou mesmo depois de acontecer o contato sexual (Profilaxia pós-exposição), que são altamente eficazes.
“Se a relação sexual foi desprotegida, é necessário realizar exames logo em seguida para o rastreamento precoce. É importante estar atento ao próprio corpo e ao da parceria sexual para diagnosticar e tratar tais infecções no início, evitando complicações mais graves”, alerta o Dr. Urbaez.
Hepatites A e B
Essas também são doenças causadas por vírus, sendo o HAV causador da hepatite A e o HBV da hepatite B. A hepatite B pode ser transmitida por via sexual, no contato com sangue, sêmen e fluidos de pessoas infectadas. No caso da hepatite A, as fontes de contágio são água e alimentos crus, como frutas, verduras e mariscos cultivados em ambiente contaminados.
Em ambas as viroses, os sintomas comuns são febre, náusea, anorexia, desconforto abdominal e icterícia (pele, mucosas e olhos amarelados) que ocorrerão por 4 semanas, no caso da hepatite A, e até 24 semanas (ou seis meses) no caso da hepatite B.
“A prevenção da hepatite A é feita com vacina, além de verificação da origem da água e dos alimentos crus consumidos. No caso da hepatite B, por ser também uma IST, é recomendado o uso de preservativo e sobretudo a vacinação específica, que é altamente eficaz”, indica o especialista.
Mononucleose infecciosa
A ciência já identificou oito diferentes vírus da família do herpes que podem causar doenças em humanos. Comum no Carnaval, o herpes vírus 4 é o da mononucleose infecciosa. Popularmente chamada de “doença do beijo” por ser transmitida pela saliva, ela tem maior incidência em pessoas de 15 a 25 anos de idade.
Os sintomas são febre, dor de garganta, mal-estar geral, dor de cabeça, gânglios muito aumentados no pescoço e inflamação da faringe. Uma das formas de evitá-la é não compartilhar objetos pessoais, como alimentos, copos e talheres.
Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)
A ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, fungos, parasitas intestinais ou substâncias tóxicas pode gerar problemas graves de saúde. Os sintomas mais comuns são vômitos, diarreias, dores abdominais e, em alguns casos, febre.
Para diagnosticá-las são feitos exames de sangue e fezes, que identificam qual é o agente causador da enfermidade e auxiliam a equipe médica a orientar os melhores tratamentos. “Uma das formas de se prevenir contra essas doenças é a prática de higiene pessoal e coletiva, com adoção de cuidados de limpeza das mãos com água e sabão, bem como higienização dos alimentos”, recomenda o Dr. Urbaez.
Com informações de Pollyana Cabral | Assessoria de Imprensa Dasa Centro-Oeste
COMENTAR